Infelizmente, a cada capítulo das denúncias de fatos ligados à operação Lava Jato, ou da JBS, acreditamos menos na classe política e na própria Justiça, que no meu modo de pensar, transformou tais fatos num jogo de xadrez, onde o objetivo é conseguir imobilizar o Rei e a Rainha. Neste caso, seria Lula, Temer e o senador Aécio Neves. Como no xadrez, para não sair desmoralizado e concluir o objetivo traçado, é preciso imobilizar o Rei e consequentemente a Rainha por ter mais mobilidade no tabuleiro político. A cada capítulo fica a ideia de que o jogo é mais recheado de sentimentos de interesse político pessoal do que mesmo técnico.
 
Cidade sem lei
É preciso mais do que nunca que a secretaria de Serviços Urbanos em Montes Claros discipline a colocação de faixas pela cidade afora. Até onde sabemos é necessário autorização para tal procedimento, o que não tem acontecido. Na praça Dr. Carlos, por exemplo, fizeram uma verdadeira “arataca” que permanece no local até hoje, e ainda por cima ostenta faixa de candidato ao pleito de 2018.
 
Salinas
O ex-prefeito de Salinas, Kinca Dias, que, diga-se de agem, fez um bom governo, diante da crise, deixou o executivo no início do ano com o projeto de disputar uma cadeira no legislativo em 2018. Hoje, pelo visto, o projeto é coisa do ado. Em conversa com este jornalista, deixou claro que aposentou de vez da vida política. Chegou a comentar que não aceitaria sequer voltar a comandar o município, mesmo que fosse candidato único. Uma das alegações é o fato de ter prejudicado os seus negócios.
 
Ministro e os prefeitos
O deputado estadual Gil Pereira marcou um gol de placa no momento em que conseguiu incluir na agenda do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, um encontro na Amams com os prefeitos da região. Certamente, na discussão está o Programa de Atenção Básica e a grave crise com que a a saúde do Norte de Minas e em especial os hospitais de Montes Claros.
 
MP e o nepotismo
Por inúmeras vezes assistimos aqui pelas bandas do Norte de Minas o Ministério Público recomendando às prefeituras a realização de concurso e ao mesmo tempo entrando com representação contra prefeitos e presidentes de Câmaras. Agora, na contramão do processo, estamos assistindo projeto 4.361/17 do próprio MP, já pronto para ser votado em plenário da ALMG, que pretende extinguir 825 cargos de servidores efetivos e criar 800 de recrutamento amplo, ou seja, nomeação sem concurso público. A justificativa de que a proposta é para modernizar a estrutura istrativa não convence ninguém. Não tenho dúvidas de que tal proposta não sobreviverá a julgamento de instância superior. É triste, para não dizer outra coisa.
 
Sedinor
Sem fazer qualquer tipo de juízo de valor, entendo que se faz necessária uma maior aproximação do secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais, Epaminondas Miranda, com as lideranças “dos gerais”. Mesmo sendo uma pasta da região, não temos ouvido falar do referido secretário por estas bandas. Aliás, até onde é do meu conhecimento, depois que assumiu a secretaria, este somente foi visto por aqui quando da visita do governador Fernando Pimentel no Fórum Regional.